top of page

Dente do siso, dente do juízo...

  • Foto do escritor: Ana Basaglia
    Ana Basaglia
  • 19 de set.
  • 1 min de leitura

Semana passada tirei um dente do siso, o tal 3º molar. Foi o primeiro dente que precisei tirar integralmente, sem tratamento possível, apenas tirar e descartar, simplesmente não me serve mais, a indicação nua e crua é que ele deveria ser eliminado para garantir minha saúde como um todo e ponto final nessa história, não há concessões.

Fiquei desolada.

Desolada.

Desolada, pra além da minha paúra sobre o procedimento em si. A retirada até que foi tranquila, dado os meus medos, mas principalmente, a recuperação foi ótima: pude descansar, a bochecha não inchou, a ferida não sangrou demais, o procedimento em si não doeu (santa anestesia!), não latejou nada depois.

Mas fiquei bem desolada, acho que pela constatação que até um dente, parte integrante e intrínseca de uma pessoa, precise ser retirado à força (bruta), independente da sua própria vontade, a depender da situação-limite que você possa estar enfrentando.

Se até uma parte sua pode ser simplesmente arrancada, eliminada, jogada no lixo sem nem uma despedida ritualística, tchau, nunca mais você o verá, o que dirá de algumas relações interpessoais, com tantas camadas a mais...

Dá pra fazer essa correlação?

Eu fiz, eu faço.

Eu choro.

Mesmo conscientemente sabendo que foi "pro meu próprio bem", sigo desolada.

Desolada.

Isso, acho, não é sobre um dente...



ree

[imagem da internet, estava tão atordoada que não trouxe meu dentinho de volta...]

 
 
 

Comentários


Formulário de inscrição

Obrigado(a)

  • Instagram
  • Instagram
  • Instagram

©2023 por Timo/Uniqua.

bottom of page