#sonho01
- Ana Basaglia
- 30 de mar. de 2021
- 2 min de leitura

Ontem foi intenso, sob muitos aspectos. [se bem que... quando não é, nos dias atuais? anyway...] Os especialistas em astrologia que sigo avisaram que o mapa astral do país apontava para momentos de tensão, atritos, conflitos. É início da semana, final de mês, coisas ainda não foram resolvidas, gastos demais, retornos em um nível ainda insatisfatório, pessoalmente segundas-feiras trazem desafios mesmo.
Ainda assim, foi um dia produtivo, dentro do possível, cumpri praticamente todos os rituais ditos normais: comi, trabalhei, cuidei da casa, trabalhei, desenvolvi os projetos, conversei com as pessoas, caminhei 5km, jantei tarde, perdi o sono, finalmente dormi.
E sonhei.
Sonhei que estava no quintal da minha casa, mas o ambiente era uma mistura do quintal da casa da minha infância (com piso de caquinhos brancos, circundado por caquinhos verdes – quem viveu em São Paulo nas décadas de 1970/80 sabe que piso é esse) com o quintal da minha casa atual (piso de tijolos de barro – adoro!), com um longo ralo para escoar a água em toda a extensão lateral.
E nesse piso, aqui e ali, existiam alguns buracos, com plantas crescendo, um matinho irritante insidioso. Comecei a arrancar esse matinho com as mãos, ora um tufo pequeno ora quase uma mini mini árvore querendo se firmar. Os buracos também eram ora pequenos ora maiores; obviamente, o matinho-galho-grande estava no buraco-grande.
Perambulando pelo quintal, de repente me deparei com um buraco maior, me aproximei (pra retirar o galho grande do matinho indesejável) e, antes que eu pudesse raciocinar com clareza (por que o raciocínio estava vindo, sei disso, mas a ação foi mais rápida que a consciência), pisei na borda do buraco e pááá... CAÍ NO BURACO. Foi tudo muito rápido. Caí, mas não caí totalmente, retesei o corpo e consegui brecar essa queda, me equilibrando em suspensão ali, só com a cabeça fora do buraco, com o pescoço tensionado e garantindo que eu não afundaria mais. [é sonho, me deixa, não precisa fazer sentido]
Enquanto a queda acontecia, gritei: MÃE. E na sequência: PAI. Silêncio. Suspensão. Consciência daquela situação bizarra.
Pois é: estava arrumando as coisas, arrancando aquilo que não servia mais (mas insistia em crescer, onde houvesse espaço), num lugar que é uma mistura de passado e presente, vi o buraco, entendi o perigo, mesmo assim pisei na borda, a borda cedeu, caí, chamei pela minha mãe e, na sequência, pelo meu pai, não afundei totalmente, fiquei uns segundos ali em suspensão, o suficiente para registrar esse roteiro todo. E acordei.
É isso. Louco, né?!

Lembrei agora: verde era a cor favorita da minha mãe. Andar descalça (ou só com meias) é o que mais faço atualmente, na pandemia. Minha mãe adorava plantas, enchia o quintal com samambaias e outros verdes, em inúmeros vasos. Trouxe algumas das plantas dela aqui pra minha casa. Cuidar das plantinhas (mal e porcamente, reconheço) tem sido uma boa válvula de escape. A vida é pra ser vivida.
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